quinta-feira, 9 de julho de 2009

08h28min

Desabafo

Domingo ele lançou sobre mim detalhes do seu dia, das peripécias da sua rotina. Disse docilmente que ficou em casa o dia todo por causa da chuva, se entorpecendo de café. E todos os dias ele faz isso. Ditos que vêm sem que eu solicite. Quer tanto saber de mim.
Quero a sua opinião bem sincera. Quero a sua por você o conhecer tão bem. Por já ter estado nos braços dele. E também porque a sua amiga já esteve. E agora, veja só, sou eu quem está. Afinal, sabemos como ele leva a vida intensamente. Por isso, só por isso, não me deixo levar. Tento não me apegar.

Conselho torto

Você está agindo certo. Não por ser ele, mas mesmo se fosse qualquer um e a situação fosse a mesma: é sempre bom ter cautela. Mas cautela não quer dizer "não viva". Eu queria muito te dizer: apaixone-se, permita-se!!! Talvez fosse o mais correto. Mas eu tenho medo, muito medo. Por isso, eu acredito que tu deve se manter assim, pelo menos por hora. Deixa as coisas seguirem o rumo do rio. No final a correnteza se encarrega de guiar os fatos para a costa mais terna. Mesmo que, para isso, seja preciso se debater em rochedos e vitimar algumas feridas.



Eis a viciosa e tortuosa repetição: Doravaaaaaaante Nietzsche!!!

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