Às vezes ele passa rápido pela cidade. Me abraça forte, fala do meu perfume, pergunta como estou. Silencia – deixa que eu acaricie seu rosto, o beije macio nos lábios. Depois segue lacônico pela estrada, sempre com as mãos vazias, sem bagagem.
Quiçá pudesse levar consigo minha saudade.
Quiçá a estrada travessa o trouxesse todos os dias para mim.
2 comentários:
De volta, para os afins da vida, ele pega a estrada. Sua verdadeira vida; cores, luzes e sons; deixada para trás, guardada com ela.
De estrada a travessa ele transforma quando segue para ela; Na travessa ele chega do outro lado, não querendo mais, nunca mais, voltar.
As vezes, quando se volta uma travessa, é como se fosse dar dez voltas ao mundo.
amores não vividos são sempre um quiçá...
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