A causa e o antídoto para a crise?
Os músicos independentes, atualmente, representam a maior parte da produção musical no Brasil. A música independente apresenta maior proximidade com publico, já que as músicas são disponibilizadas na internet na maioria das vezes gratuitamente e, principalmente, com uma freqüência maior de lançamentos. Essa facilidade de comunicação e difusão dos arquivos de música beneficiam o artista independente, tornando viável a existência das bandas que seguem esse gênero sem o suporte de marketing de uma grande gravadora.
A firmação da música independente, a escassez de novidades e a produção de material apelativo pelas gravadoras, possivelmente contribuíram para o avanço da crise existente no setor fonográfico mundial. No entanto, “o que está em crise não é a música em si, mas sim a indústria musical. E isso é ótimo para o artista independente”, salienta Leonardo.
E se a música independente é uma das causas da crise fonográfica, Noah acredita que ela pode ser, também, a solução para ela. “Talvez as gravadoras tornem-se grandes distribuidores de material (como de fato já é o modelo de negócio de algumas delas – a Tratore, por exemplo). Outra possibilidade parte do fato de que o CD cada vez mais se mostra obsoleto como suporte físico. Dessa forma talvez as gravadoras explorem outros produtos de bandas de destaque, como o mercado de vinil, material mais interessante e menos ‘commoditizado’ que o CD e que tem experimentado um certo aquecimento nos últimos tempos é um exemplo.”
Leonardo parte do mesmo pressuposto que Noah, e aposta, ainda, no download pago. “A pirataria sempre vai existir, mas a tendência é se acabar com os CDs. Tenho bons motivos para crer que o download pago vai se transformar, em pouco tempo, na forma mais eficiente de se ganhar dinheiro com música”.
Marketing ou pirataria
“O que hoje é marketing, amanhã é pirataria”, a frase foi dita por Leonardo, ao se referir à uma realidade: não existe um mercado estabelecido de arquivos de música no Brasil. Com isso, os trabalhos independentes são veiculados e acessados sem nenhum tipo de controle, o que, muitas vezes é intitulado como pirataria. Existem algumas iniciativas de empresas e sites para mudar essa realidade, mas para Noah, nenhuma dessas iniciativas são realmente representativas. “Creio que enquanto não alcançarmos um modelo de loja virtual viável a pirataria ainda será um problema. No caso da música independente, geralmente os músicos encaram os arquivos disponibilizados na internet como a verdadeira fonte de recursos para suas bandas, pois é a divulgação das suas músicas, uma ponte para tornarem-se conhecidos e realizarem shows”.
“O que hoje é marketing, amanhã é pirataria”, a frase foi dita por Leonardo, ao se referir à uma realidade: não existe um mercado estabelecido de arquivos de música no Brasil. Com isso, os trabalhos independentes são veiculados e acessados sem nenhum tipo de controle, o que, muitas vezes é intitulado como pirataria. Existem algumas iniciativas de empresas e sites para mudar essa realidade, mas para Noah, nenhuma dessas iniciativas são realmente representativas. “Creio que enquanto não alcançarmos um modelo de loja virtual viável a pirataria ainda será um problema. No caso da música independente, geralmente os músicos encaram os arquivos disponibilizados na internet como a verdadeira fonte de recursos para suas bandas, pois é a divulgação das suas músicas, uma ponte para tornarem-se conhecidos e realizarem shows”.
O músico Giancarlo diz que todo disco independente é meio disco pirata. Para ele, a pirataria também auxilia na divulgação do seu trabalho: “eu adoraria passar numa banquinha e ver um disco meu pirateado, me pouparia trabalho, saca? Nos anos 90 era assim que as bandas testavam sua popularidade”. E ele ainda satiriza: “a crise fonográfica existe para artista popular, não para caras como eu”.
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